Eu penso que ser sincera é uma coisa tão natural, tão mais fácil, que acho que todo mundo sempre fala a verdade pra mim também. E esqueço o quanto as pessoas sentem prazer em complicar tudo. É a minha mania mais perigosa de todas, confiar. Confio mesmo, até você me provar que não vale a pena, não vale o risco. Aí eu nunca mais vou ser a mesma. Viro, na melhor das hipóteses, sua colega bem distante e não é por mal, é meu reflexo. Pra completar, minha outra mania chata é perdoar. Não guardo mágoa de ninguém, não porque não quero, só não consigo. Juro que não quero ver a pessoa nem pintada de ouro, até ela vir com o rabo entre as pernas e pedir desculpas, simples assim. E mesmo que muitas pessoas que passaram pela minha vida tenham traído a minha confiança, não acho justo punir quem tá chegando, pelo crime de quem já foi. Nessa, quase sempre quem paga a pena sou eu, mas eu durmo bem de noite e é isso que importa. Ás vezes eu fico aqui querendo perguntar pras pessoas "E aí, de tudo que você já me disse, o que era verdade? Só pra saber...". Mas não ia fazer diferença, então deixo as verdades e mentiras assim mesmo, misturadas, eles com suas coleções de máscaras e eu sempre tão exposta. Mas quer saber minha recompensa? Quem gosta de mim, quem tá do meu lado, tá por mim do jeito que eu sou, sem enganação. Amam a mim e não uma personagem. E, no fim das contas, ser enganada fica muito pequeno, porque os maiores enganados são eles mesmos e é uma pena. No meio de tantas máscaras, uma hora o rosto real se perde e tanta coisa se perde junto. Não sei se pode-se atribuir a mim a faixa de ingênua nessa história toda, como sempre é atribuído. Mas eu aceito e lamento. Que percam-se.
Todos nós estamos de passagem. A diferença está na qualidade do que se vive no caminho. Aproveite-o com sabedoria.
terça-feira, 20 de maio de 2014
domingo, 4 de maio de 2014
Enganos e desenganos
Eu tenho pavor da minha precipitação. Dos impulsos eu gosto, eu sou, mas precipitação, Deus me livre. E eu rezo todos os dias pra nunca mais confundir a ideia de amar com realmente amar uma pessoa avulsa. Porque a gente passa tanto tempo sozinha, que não é difícil se encostar em alguém pra descansar. E achar que isso é porto seguro, só porque naquele minuto as pernas já não doem, porque não carregam todo o peso de andar só, ser só, segurar todos os trancos do mundo só. Eu nunca faria isso conscientemente. Eu nunca trocaria a minha solidão colorida por uma companhia preta e branca, se me dessem opção de escolha. Mas quem consegue nos enganar melhor que nós mesmos? Me encontro todo dia, mas vivo me perdendo também. E depois tenho que ficar aqui, sentindo náuseas no mesmo lugar onde havia borboletas, pela pessoa menos gostável do mundo. Desprezo, preguiça, antipatia. O mais triste não é fim do amor. É perceber que nunca foi amor, foi perda de tempo. É uma pena, desejo saúde pra ele. E sanidade pra mim.
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