terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Tragédia em Santa Maria


      Eu não conhecia o garoto que derrubou o segurança para tentar abrir a porta e tentar escapar da morte; eu não conhecia a menina que simplesmente jogou os sapatos de salto em um canto e correu para onde todos estavam indo, na esperança de ver o céu escuro e seguro do lado de fora da boate; eu não conhecia a banda, que por mais que não soubessem das consequências, matou mais de duzentos e trinta pessoas; mas nesse momento, a única coisa que me resta conhecer é um Brasil que não sabe dizer o quanto sente muito por não ter mais saídas disponíveis naquele lugar; é uma mãe, que chora desesperada porque o filho não vai mais voltar pra casa; é um irmão, que não acredita que o possível "herói" dele está morto. Todo mundo morreu um pouquinho ao ouvir no noticiário que tantas vidas, tantas almas novas se foram sem realizar seus sonhos, sem alcançar suas expectativas, sem um adeus digno.
E tudo isso me dói, me dói saber que poderia ter sido com alguém próximo, que eu amasse. Alguém que me fizesse sorrir todo dia, porque querendo ou não, o motivo de alguém ser feliz não está mais entre nós. Não há mais nada o que fazer. É tão clichê dizer que é pra se viver o agora, sem esperar o amanhã quando o trabalho nos ocupa todo dia, quando não nos importamos mais com o que fazer para o jantar, quando um abraço e um beijo são trocados somente em momentos ultra especiais, porém eu só peço que procurem não ter arrependimentos ou coisas pendentes na vida; se é pra fazer, que faça hoje, não espere o depois, porque como aprendemos com a tragédia na boate em Santa Maria, o amanhã pode não chegar, não é mesmo?
Não existem palavras que justifiquem a dor de quem perde um ente querido.
É muito lamentável vê jovens, com tantos e tantos sonhos, com um futuro e uma vida inteira pela frente, morrerem por não terem pagado uma comanda, e agora?
A negligência e falta de responsabilidade do Dono dessa casa noturna, que nem saída de emergência foi capaz de pôr. Por que um lugar com capacidade de suportar a quantidade de gente que lá tinha, poderia ter ao menos uma saída de emergência.
O que vai acontecer, quem vai poder trazer esses jovens de volta para suas famílias? Ninguém é claro. Será que valeu a pena cobrar a comanda de pessoas que apenas queriam se salvar e continuar seus sonhos? Será?
A única coisa que realmente sei, é que mais uma vez o dinheiro falou mais alto do que os gritos de socorro e o desespero daqueles jovens. Que descansem em paz!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Violência contra Mulher - Vamos acabar com isso!



Domingo dia 20 de janeiro, assisti a um filme interessante e como o próprio nome diz: Millennium – Os homens que não amavam as mulheres. Tratava-se de um filme sobre violência e assassinato de mulheres. Mas por que as mulheres? Por que sempre Elas?
A violência contra mulher é um fenômeno universal, é uma violência de gênero, voltada pelo simples fato de ser mulher. Sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou qualquer outra condição. É produto de uma construção histórica, que descrimina o sexo feminino, portanto passível de desconstrução.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) violência pode ser definida como “o uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação” (Brasil, 2005).
Apesar de o filme ter instigado minha curiosidade, ontem tive a oportunidade de aprofundar-me um pouco mais nesse assunto. A reflexão é instantânea, admito.
Ver de perto, conhecer esse assunto em questão é tão assustador, quanto as histórias que acompanhamos nos noticiários da TV.
Nos dias de hoje em que a denuncia se tornou um pouco mais comum, tendo em vista as mídias e redes sociais, ainda há inúmeros casos de mulheres e pessoas próximas que não denunciam e os motivos são os mais diversos possíveis, mas o medo é ainda o principal dentre eles.
No momento que a mulher entender que violência não é somente tapas, socos, puxões e empurrões, nesse dia as coisas vão realmente mudar.
Ser mulher em uma sociedade patriarcal e machista, que trata a diversidade como doença mental não é uma tarefa fácil. Mas as mudanças só acontecem quando estamos dispostas.
A minha disposição é grande e constante. Perene. Falar (e escrever) é o que sei fazer. Faço disso frente a uma luta.
Uma agressão é sempre uma agressão, sempre há um covarde com mania de valente tentando massacrar.
Denuncie anonimamente, disque 180. Não se cale!
O machismo faz vítimas todos os dias, o silêncio também.


|Aline Carvalho

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O preço que pagamos '

Poucas coisas valem a pena, o preço, é isso. É triste. E quanto vale o show? Quanto a gente paga pelas coisas que nunca disse? Liquidação de almas, "Será que você podia me amar, pelo amor de Deus?" Chega, isso não é vida. E o dia em que esse tipo de apelo invade seus pensamentos, ainda que você não fale, não exponha, não implore em voz alta, a etiqueta de promoção é lacrada nas suas costas, também automaticamente. E esse não é o começo de nada, é o fim. Não dá pra ser levada na promoção e esperar ser a peça única, melhor e mais amada de todas. Bonitinha e barata, Deus me livre. Não tem troca, não tem devolução e você vai feliz na sacola rotulada Pra Sempre, pra ser esquecida no armário mais uma vez. Ser emprestada pra um amigo, que não vai te devolver e ele não vai cobrar, não vai lembrar, não tem importância. É isso. Liquidação desesperada ou preços abusivos. Eu não combino com tudo, não sou barata, simples, fácil, leve, básica. Se quiser me levar, vai ter que ser assim, por necessidade. E quem explica essa coisa de precisar? Você sabe, lá no fundo, que foi feito pra você e não fica bem em mais ninguém, ainda que não seja nada que você costume amar, usar, ter. E talvez seja justamente por isso. Escondida entre umas peças bregas, na arara errada, na saída do provador. Nunca em promoção, só leva quem pode, não basta querer. Enquanto isso, ontem mesmo eu vi um carinha interessante nessa seção, não lembro onde exatamente, deve ter acabado meu número, pra variar. Deixa pra lá... Imediatamente sou abordada: “Posso ajudar? Tá procurando alguma coisa especial? Uma história de amor de quatro meses, um ano, pra sempre?” Oi? Não, não, tô só dando uma olhadinha!

Marcella Fernanda

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Sou assim ;)


Eu sou assim, ligada na tomada. Sempre querendo encontrar uma razão pra tudo. Não quero ir embora e esperar o outro dia. O que tem que ser feito pra mim, será feito hoje!
Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil… e choro também… Sou o meu Filho, mais do que tudo.
Gosto de pessoas inteiras. Pessoas vazias são chatas e me dão sono. Prefiro os que têm estoque aos que deixam tudo à mostra na vitrine. Gosto de quem mete a cara, arrisca o verso, desafia a vida…
Eu sou criança. E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores.
O simples me faz rir, o complicado me aborrece.
A verdade é que sou intensa demais e não há quem dê jeito nisso. Sofro dores que nem sempre são minhas. Vibro com alegrias que às vezes não me pertencem.
O bom de tudo é que, toda noite antes de dormir, eu rezo. E sempre sorrio. Mesmo quando estou triste.

Aline Carvalho

sábado, 5 de janeiro de 2013

Que assim seja *

Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. 
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. 
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. 
Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz .

- Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Todo Homem deveria ler...



"É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada.

Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps.

Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa.
Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí?
Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!"

"E não se esqueça...Mulher bonita demais e melancia grande, ninguém come sozinho!!"
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